quinta-feira, abril 28, 2011

 


Depois de Jesus ter aparecido a Maria Madalena e ter dado ordens para que os Seus discípulos partissem para a Galileia e após o encontro de Jesus Ressuscitado com os dois discípulos – na estrada de Emaús, – Ele finalmente aparece ao grupo dos apóstolos para lhes dissipar as dúvidas e fortalecer a fé, pois a comunidade estava vacilando em sua fé – as perseguições estão no horizonte, ou até acontecendo; o primeiro entusiasmo diminuiu, os membros estão cansados da caminhada e perdendo de vista a mensagem vitoriosa da Páscoa. Parece mais forte a morte do que a vida, a opressão do que a libertação, o pecado do que a Graça. E, então, Jesus aparece e lhes diz: A PAZ ESTEJA CONVOSCO.
Prova-lhes a Sua autêntica Ressurreição e lhes confirma na paz. Ele é a paz em plenitude, a paz da participação na vida eterna do Pai, para todos.
E para que Suas palavras não fiquem somente no ar, mostra-lhes as mãos, o peito e os pés rasgados: “Vede minhas mãos e meus pés; porque sou eu mesmo! Apalpai-me e vede que um espírito carne e ossos não tem, como me vedes tendo”. Estas palavras indicam que Jesus se apresentou como um homem normal com a mesmas características que tinha na vida mortal que os discípulos tão bem conheciam. Daí que podemos traduzir livremente por “sou o mesmo que vocês conhecem, não é outra pessoa a que estais vendo”. E em vista disso, anima-lhes a apalpar Seu corpo e a ver mãos e pés que estavam com os sinais das chagas.
Se estas palavras têm algum sentido histórico, ele é o de manifestar que Jesus está vivo, que a morte não o venceu, que a vida do além pode ter momentos em que se parece com a vida anterior como se esta seguisse e aquela fosse uma continuação. Sobre o modo de pensar de alguns teólogos que dizem que a ressurreição é uma forma de vida só espiritual, vemos como Jesus se manifesta em corpo vivo e que não existe sentido em afirmar que só o espírito vive e o corpo como que se destrói e não alcança a nova vida.
Como afirma o Catecismo, é impossível interpretar a Ressurreição de Cristo fora da ordem física e não reconhecê-la como um fato histórico, pois o corpo ressuscitado é o mesmo que foi martirizado e crucificado, ele traz as marcas de Sua Paixão. Não constitui uma volta à vida terrestre como foi o caso de Lázaro, visto que seu corpo possui propriedades novas que o situam além do tempo e do espaço. Ele passa de um estado de morte para uma outra realidade. Ele, participando da vida divina no estado de Sua glória, de modo que Paulo pode chamar a Cristo de o Homem Celeste. É por isso que Ele tem o poder de transmitir para nós a verdadeira Paz. Assim, como ontem, Jesus continua dizendo: A PAZ ESTEJA CONVOSCO!
Padre Bantu Mendonça

Nenhum comentário: